Eu que prometi dizer adeus, prometi ser forte, não voltar atrás. Prometi juntar os cacos do chão, e formar um novo cristal. Disse a mim mesmo que ali iniciaria-se um novo caminhar, de passos largos, firmes, críveis. Eu que já sentia um novo olhar, novo sorriso, novo ar. Sentia o perfume de felicidade exalando por aí... Eu que já me bastava com tão pouco. Era um "eu" de ilusões..
Parece que o cristal nem foi ao chão, parece que a fortaleza resumiu-se em um simples voltar atrás. No espelho, vejo a face de quem já não obedece mais o próprio "eu", de quem já não enxerga mais tão além, face de quem erra, permanece no erro e já não mais o percebe. Face sombria, voz trêmula, sorriso apagado. Seria o mesmo eu? sim, claro. Não deixa de ser o mesmo. O "eu" que desconheço, que conserto, que desmorono, que reconstruo.
O "eu" que devia saber o que fazer...
O "eu" que está na estrada...
O "eu" que tem simplesmente a si e às suas lembranças...
O "eu" que resta de cada lágrima.
O 'eu' que chora, ri, sente. Que pode não parecer, mas também é humano.
ResponderExcluirO "eu" que parte não pode voltar. Quando se perde se perde pra sempre, ma sé possível reconstruir um novo "eu", até mais forte quem sabe.
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