sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"..e me danar por essa estrada, mundo à fora, ir embora... sem sair do meu lugar."

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Eu que prometi dizer adeus, prometi ser forte, não voltar atrás.  Prometi juntar os cacos do chão, e formar um novo cristal. Disse a mim mesmo que ali iniciaria-se um novo caminhar, de passos largos, firmes, críveis. Eu que já sentia um novo olhar, novo sorriso, novo ar. Sentia o perfume de felicidade exalando por aí... Eu que já me bastava com tão pouco. Era um "eu" de ilusões.. 


Parece que o cristal nem foi ao chão, parece que a fortaleza resumiu-se em um simples voltar atrás. No espelho, vejo a face de quem já não obedece mais o próprio "eu", de quem já não enxerga mais tão além, face de quem erra, permanece no erro e já não mais o percebe. Face sombria, voz trêmula, sorriso apagado. Seria o mesmo eu? sim, claro. Não deixa de ser o mesmo. O "eu" que desconheço, que conserto, que desmorono, que reconstruo. 
O "eu" que devia saber o que fazer...
O "eu" que está na estrada...
O "eu" que tem simplesmente a si e às suas lembranças...
O "eu" que resta de cada lágrima.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Uma dose de vazio, por favor...


Nem tão despedaçado, nem tão intrínseco. Nem firme, nem vulnerável. Um silêncio... mas não um calar. Um quietude inquieta. Sem lágrimas, sem tristezas, sem quedas. Sem sorrisos, sem alegrias, sem glórias. Um aceitável "estar", arrodeado por um pertinente "seria".
Inúmeras antíteses... ou mesmo, uma antítese só.
Um vácuo que uma palavra apenas, já transformaria. Uma escuridão que apenas um olhar transformaria. Uma inércia, que apenas um "vamos lá" transformaria. Um descaso que apenas um caso transformaria.
Um apenas, que nem milhões de apenas o transformariam. Uma transformação que nem à pena vale. Uma validade que nem transforma.
Um desejo, uma luz, um passo. O caminho eu crio, trilho e desfaço. A luz levo comigo, ou ela me leva. O desejo eu vou buscar. Só preciso de um desejo para buscá-lo.
Um mar de sensações que findam na insensatez. 
Fugir... fugir de si. E se deparar consigo no próximo quarteirão. E brigar consigo, se machucar, discutir, e fazer as pazes novamente. É, talvez eu mereça me dar outra chance. Talvez mereça receber outra chance minha.
O fato é que não há fato. Nem perspectiva.
O mistério é que o fato existe. Só resta descobrir.
O estranho é o comigo estar contigo. E não conosco.